segunda-feira, 29 de junho de 2009

2.3 Algodão, República, Geopolítica e Indústria

O algodão cumpriu um papel bastante destacado nos primeiros surtos industriais no final do século XIX. Os Estados Unidos eram grandes fornecedores de algodão para a Inglaterra, mas com o estouro da Guerra Civil, os EUA cessam a exportação. A Inglaterra, ainda ávida por algodão, passa a procurar um novo fornecedor e o Brasil aparece como a alternativa aos Estados Unidos. O País passa então a intensificar as lavouras de algodão, e também começa a investir na tentativa de estabelecimento de indústrias de tecido em solo brasileiro ainda em fins de século XIX.

A introdução do Regime republicano trouxe as ideias protecionistas, que passaram a ter grande adesão em determinados setores da burguesia. O próprio regime passa a criar tarifas alfandegárias em benefício da indústria nacional.

Os conflitos Nacionais também tiveram fundamental importância para a industrialização do Brasil. Com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), os grandes países industrializados que participaram do conflito se viram obrigadas a voltar grande parte de sua indústria para a “Economia de Guerra” (armas, alimentos, medicamentos...). Os conflitos marítimos, por sua vez, atrapalharam o tráfego, dificultando as relações comerciais brasileiras com a Europa e o Japão.

Dessa forma o Brasil, que era muito dependente do mercado externo, viu-se obrigado e fabricar seus próprios artigos que eram anteriormente importados. Assim se dá a chamada industrialização por substituição de importações. Podemos perceber, também, que “a interrupção dos suprimentos de além-mar eliminou a competição estrangeira e muitas novas indústrias foram instaladas para preencher o hiato e mesmo para suprir os mercados externos.” como afirma Werner Baer.

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